quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Pessoa, uma pessoa.


Hoje me peguei pensando em como eu desejaria ser uma pessoa como você. Não sou tão boa, não sou tão aberta a amar, embora o queira. É engraçado como chega a ser contraditório. Freud fala das pulsões no ser humano, pulsão de vida e pulsão de morte, que diz que todos nós fazemos involuntariamente, um movimento para morte, ao passo que investimos na vida. O inconsciente, que é o pilar central da psicanálise, aponta aquilo que o ser humano mais é, contraditório, por natureza. Outros filósofos como Nietzsche, por exemplo, já falaram disso. Então, vida e morte, querer e não-querer, está tudo atrelado. Na teoria é tudo lindo, agora na prática, na vivência, é muito, é sofrimento, é ser, humano.
Relação a dois é isso, entrega e recolhimento, então nós temos que saber que nos atiramos casando algo que nos pertence, que somos nós mesmos. E algum tempo depois chega à hora de reaver o "objeto" ou parte da gente entregada, faz parte do jogo, isso é doloroso, mas é, e pronto. É como aquela musica de Chico "te dei meus olhos pra tomares conta, agora conta como hei de partir" e tal, e tal. Mas dá uma idéia de algo que foi entregue ao outro e que agora está como perdido, mas não se perdeu. É que sofreu mutação, porque quem entrega algo, algo também recebe, nem que uma falta pra procurar tamponar. Desejo pra você, movimento. Essa palavra é muito.

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